terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Nascido para Enganar. Disposto a Exterminar





Hoje completa 82 anos do dia em que Hitler tornou-se Chanceler Alemão e pôde finalmente colocar em prática seu plano genocida que transformou a Alemanha em um Estado totalitário fascista.

Há quem tente de forma embusteira associar a ditadura Nazista (Nazi) ao sistema Socialista de esquerda. O fato se dá, principalmente, por causa da origem do seu nome em alemão “NAtionalsoZIalistische”, que quer dizer Nacional Socialista. Porém, o nome foi apenas uma maneira propagandista de se camuflar em meio ao partido dos trabalhadores e atrair a adesão da classe operária. Hitler se infiltrou no Partido dos Trabalhadores Alemães num momento em que a economia alemã passava por séria crise pós guerra e, chancelado pela elite conservadora alemã, deu início à centralização do poder, com um programa de 25 pontos que guiariam seu governo, fundou o “Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães” (Nationalsozialistische Deutsche Arbeiterpartei).

Apesar de pregar em seu programa igualdade de direitos, reforma agrária, influência do Estado junto às empresas, entre outras ideias características de esquerda, seu intuito era fortalecer seu poder ditador e o poder da nação, que ele desejava manipular, pondo em prática o plano da "Raça Ariana". Seus interesses previam realmente uma Alemanha forte e unificada, mas, em prol de ideais estadistas e em comunhão com os anseios de políticos, industriais e da comunidade empresarial. Ou seja, Estavam atrelados aos interesses da burguesia. O ponto absurdo do regime foi o posicionamento elitista extremamente conservador e as ações preconceituosas contra indivíduos e culturas diferentes das de seu próprio grupo, que deixaram clara a insanidade Nazista.

No contexto da época, as sanções impostas pelo Tratado de Versalhes após a Primeira Guerra Mundial e as cobranças da comunidade internacional fizeram com que Hitler tivesse que agir sorrateiramente. Para tal, ele vetou a ‘liberdade de mercado’ (fato que alguns se utilizam para tentar atrelar o Nazismo à ideias comunistas), porém, tal atitude se deu apenas para impedir a interferência estrangeira nos seus planos e não visando estatizações, mesmo porque grandes corporações internas o podiam financiar. A partir daí seguiu-se os fatos que são de conhecimento de todos, o arianismo, autointitulado de raça superior se instalou na Alemanha com racismo e antissemitismo. 
“Judeus e outros grupos considerados indesejáveis ​​foram perseguidos ou assassinados e a oposição ao governo foi brutalmente reprimida. Membros da oposição liberal, socialista e comunista foram mortos, presos ou forçados ao exílio. As igrejas cristãs também foram oprimidas, sendo muitos de seus líderes presos.” ( http://goo.gl/AdqhlP ). 
Portanto, o Nazismo de Hitler, com toda sua estrutura manipuladora e mentirosa, disposta a enganar ou eliminar a qualquer um que se opusesse às suas verdades criadas foi uma instituição ultraconservadora e de ideais mais efetivamente de direita. É da autoria do  assessor de Hitler, Joseph Goebbels, a conhecida frase: "Uma Mentira contada mil vezes, torna-se uma verdade"Qualquer semelhança com a realidade política no Brasil não é mera coincidência...

Em tempo, é bom lembrar que todo o poder persuasivo e destruidor de líderes como Hitler e a concretização de ideais como os seus só são possíveis, especialmente, por conta da falta de pensamento crítico, da omissão e da alta tendência à submissão do povo diante dos fatores sociais.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Barroco: a grandiosa campanha publicitária católica


No final do séc. XIV o ar renascentista começou a desbancar as estruturas medievais de pensamento, o humanismo e o naturalismo (foco no homem e nas leis da natureza) se estabeleceram sob a força do uso da razão e do cientificismo e a visão antropocêntrica e racionalista de mundo atingiu seu auge (sécs. XV e XVI). Nesse período, chamado de Renascimento, houve uma movimentação artístico intelectual que moldou a cultura, a sociedade, a economia, a política e a religião, inicialmente na Itália e depois no resto da Europa.

Permeando esse contexto, em 1517, o movimento reformista cristão guiado por Martinho Lutero, na Alemanha, publicou 95 teses em protesto contra os dogmas da Doutrina Católica e deu início à fragmentação do seu grande império, enfraquecendo seu poder e levando grande parte da Europa a se desligar da igreja romana. Estabeleceu-se aí o marco da Reforma Protestante, o início do Protestantismo, com o surgimento de diversas denominações religiosas.

Para tentar conter a expansão do Protestantismo e restabelecer sua unidade, a igreja promoveu a Reforma Católica em resposta à Reforma Protestante, que foi chamada de Contrarreforma. Para esse processo, em 1545, o então Papa Paulo III convocou o Concílio de Trento. Esta reunião ecumênica, além de emitir vários decretos disciplinadores e reorganizar suas diversas comunidades religiosas, teve entre suas várias ações a edificação de grandes igrejas e a realização de missões de evangelização para expandir a presença católica em outros territórios. Foi nesse contexto que nasceu a arte barroca, com um papel fundamental na grandiosa campanha de reaver fiéis, e teve nos Jesuítas seus principais influenciadores e propagadores.

A arte sempre tive a igreja como um grande mecenas, mas, especialmente a arte barroca foi um estilo artístico bastante difundido pelos seus líderes em função de suas características. Se a ideia era impressionar para atrair, o barroco trazia em sua expressão todos os elementos necessários para chamar a atenção dos fiéis desgarrados e sugestioná-los ao regresso. Dramática, dinâmica, exuberante e especialmente confrontadora dos valores entre a vida mundana, materialista e a vida espiritual, a arte barroca abarcou os valores renascentistas (racionalismo e antropocentrismo) e os fez duelar com os valores religiosos (espiritualidade e teocentrismo).

Na busca por se aproximar daquele público que fruía os efeitos do renascentismo e já tinha no estilo artístico maneirista sua expressão, nasceram as imagens que trariam consigo os preceitos estéticos e ideológicos católicos. Com o uso do naturalismo, porém, com forte traço para o sensacionalismo e à emotividade intensa apelando para a religião, surgiu o Barroco. Seu efeito grandioso e teatral, seu acentuado apelo visual e emotivo tinha o objetivo de estimular a piedade e a devoção. E aquela tendência artística de fácil assimilação popular e de grande potencial persuasivo, que fora desenvolvida inicialmente para as artes plásticas, logo se manifestou na literatura, no teatro e na música e estendeu-se pela Europa e todos os países católicos romanos. Veja, leia ou ouça uma obra barroca e deleite-se, tire suas conclusões.





sábado, 14 de junho de 2014

De quem é a mentira?

Hoje recebi um e-mail com um vídeo. Intitulado: “Brasil, o país do futuro”.

No corpo do e-mail, escrito em vermelho e em negrito, dizia:

“Ai está, a verdade retratada neste vídeo. Digam que é mentira ou mais uma invenção dos de direita!!!!!! Por favor, ACORDEM DESTE PESADELO”

Eis o vídeo:





Lamentavelmente devo concordar que este vídeo expressa exatamente o que acontece em nosso país e que não é nenhuma mentira! Gostaria muito que fosse diferente. Mas esse texto, para ser relacionado a esse vídeo (que provavelmente foi criado por um brasileiro, pois a narração diz: “Não queremos mais ouvir que somos um país do futuro”), deve ter sido escrito por um brasileiro, adolescente, que só passou a ter consciência política somente dos últimos 11 anos.

Sim, porque, como diz o texto (em vermelho) essa não é uma invenção de direita, e parece relacioná-lo ao governo atual do Brasil, logo, o vídeo mostra uma realidade que só está acontecendo agora, depois que a essa “esquerda nojenta”, como dizem, tomou o poder. E então, devo concluir que antes de 2003 (quando o tal Lula ganhou as eleições) o Brasil era um país maravilhoso de se viver. Aqui se tinha moradia digna, a saúde exemplar, a educação era digna de se copiar e o Brasil não era dependente financeiro de nenhum país.

Ora, quando saindo da minha infância lembro-me de ter visto pela TV, prateleiras de supermercados vazias e de uma tal de inflação que passou a fazer parte do meu repertório de conhecimento desde então. Vi também pessoas desesperadas por terem suas poupanças confiscadas sem nenhum pudor e um presidente ser deposto por denúncias de corrupção e, ainda vi, medidas políticas implantadas para favorecimento da empresa privada (não que eu seja completamente contra). Mas não me lembro de ter visto medidas significantes em prol do povo menos abastado.

Lembro-me bem disso porque faço parte dessa classe menos abastada e via pais de família esperarem muitas vezes nas esquinas das ruas, políticos chegarem com caminhões em época de eleições para distribuir comida e colchões. Não sei a respeito de preços de carros nessa época, porque isso não fazia parte da minha realidade.

Nessa época, não existia bolsa família e vi muitas famílias reféns da humilhação em forma de comida que vinha através das mãos dos políticos, e estes faziam questão de entregar pessoalmente, para que os pobres lembrassem-se dele na hora do voto. Quem quisesse estudar deveria enfrentar o dilema entre sustentar o conhecimento ou a barriga, com o trabalho. 

Talvez alguém possa dizer que as medidas populares do governo atual seja um novo modo de se manter o voto de cabresto, será? Ao menos se deu dignidade a essa classe, se deu a ela o direito de decidir votar ou não em quem quer que seja, já que a imagem do “benfeitor” não está diretamente tão atrelada ao benefício quanto antes. Isso livrou muitos pais de família da humilhação pública de esperar cestas básicas. Agora eles podem decidir por conta própria qual sua prioridade, ou será que desejar uma geladeira nova deve ser sonho exclusivo de burguês? Agora afinal, com o “mal” do bolsa família, ficou mais caro para o político o poder de manipular pessoas.

De acordo com o texto e o vídeo desse e-mail, acho que devo concluir que estou equivocado quanto a tudo o que vi e vivi nesses anos todos, afinal, como fala o vídeo, o Brasil se tornou injusto, mas foi apenas depois de 2003. Antes de 2003 já ouvia falar de muitos brasileiros que deixaram o país pra morar longe de suas famílias, mas, deve ser porque estes brasileiros estavam em busca de aventuras, cansados da vida boa que levavam aqui, pois, o Brasil era bom.

Se a verdade retratada nesse vídeo é “UM PESADELO” atual do qual devo acordar, será que quando vi e vivi tudo aquilo no passado eu estava sonhando?

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Sempre haverá público para obras de qualidade


“O país onde a indústria cultural é mais forte se chama Estados Unidos. Lá se produz lixo como em nenhum outro lugar do mundo, mas também é o país do jazz, das grandes orquestras sinfônicas, de clássicos cinematográficos e da melhor literatura. [...] Erra quem pensa que não adianta fazer música, literatura ou teatro bons porque não vai conseguir espaço nas gravadoras, editoras ou casas de espetáculo. Sempre haverá público para obras de qualidade (LIMA, 2005).”

João Gabriel de Lima, em seu texto, discorre numa tentativa de esclarecer o cenário da cultura em geral e dá um certo incentivo aos bons produtores culturais. Eu concordo planamente com ele. Porém, para continuar meu raciocínio, preciso antes fazer a pergunta: porque obras de má qualidade continuamente estão se multiplicando e sendo consumida aos montes?

Para qualquer coisa notável boa ou ruim que se apresente à massa, sempre haverá seus consumidores, o problema é, o quê, a massa está preferindo consumir. O grande público, se é que posso chamar assim, está sendo alimentado o tempo todo, através da indústria cultural, por um grande conteúdo de baixa qualidade que expõe, com perdão da expressão, o baixo caráter social do povo. Sim, a indústria cultural observa e pesquisa o que o povo tem tendência a aceitar e despeja ao consumo, não importa se presta, o que importa é que vende. Então, a primitivização dos costumes é potencializada, sem freios.

Público para conteúdo de qualidade existe sem dúvida, a exemplo da cantora Maria Gadú, que começa a despontar na mídia, de artistas de um humor mais politizado como os do programa CQC, da TV Band e atores deste mesmo nicho que apresentam espetáculos teatrais no estilo “Stand Up Comedy”. O que não existe é a massificação das obras de qualidade, isso porque precisa-se dar qualidade ao gosto da massa. Lima, na íntegra deste mesmo texto, coloca que a ausência de críticos dispostos a falar mal de obras de má qualidade (especialmente no Brasil, onde se encontram o que ele chamou de “críticos bonzinhos”, se referindo àqueles que se abstêm de falar mal para não serem desfavorecidos) favorece a disseminação de conteúdo de baixa qualidade.


Talvez não possamos eliminar o primitivismo natural da condição humana, mas, podemos sim educá-lo, domá-lo. Então, ao conferirmos maior resistência ao lixo que nos é oferecido, algum dia talvez incentivemos a indústria cultural a reproduzir cultura de maior qualidade e daí poderemos observar maior público para conteúdos de qualidade e mais gente incentivada a produzir com qualidade.


http://veja.abril.com.br/300305/p_052.html


quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Um merchã pra ninguém botar defeito!

No episódio: "Por Causa da Maionese", de 21/04/2009, do programa Toma lá, dá cá (rede globo) foi exibido, de forma espetacular, um merchandising de aproximadamente 10 minutos da maionese Hellmann's. Na verdade o produto foi o foco da trama, numa sacada publicitaria super original e um investimento realmente toma lá, dá cá! Vale a pena conferir: